Este fim-de-semana no seguimento das conversas que temos tido lá por casa sobre Charles Darwin e a Origem das Espécies, eu e o meu filho fomos fazer uma visita ao Museu de História Natural, Museu da Ciência e Jardim Botânico de Lisboa.
Nesta visita reflectimos sobre vários aspectos da criação do Sistema Solar, surgimento da vida na Terra, evolução para os Dinossauros (causa sempre fascinação nas crianças)
extinção em massa dos Dinossauros, evolução dos mamíferos, e claro a evolução humana, e o papel do melhor amigo do homem, o cão, na nossa evolução.
Efectivamente neste momento se pensa que não foi o homem que se aproximou do lobo, mas antes os lobos que seguiam os homens para se aproveitarem dos restos que um grupo de humanos produzia e muitas vezes não consumia.
Conforme a proximidade das 2 espécies se mantinha, a situação mais provável será de os lobos se terem tornado cada vez mais dóceis e confiantes, ignorando assim, os seus instintos mais básicos, interagindo ao pé de seres humanos e mostrando confiança na proximidade. Os animais que se aproximavam e mantinham-se ao pé dos seres humanos, tinham mais sucesso em arranjar comida, e portanto em reproduzirem e conseguirem manter as suas crias.
Desse passo de aproximação até ao passo de um ser humano ter adoptado a primeira cria e desafiado assim as leis do mundo natural, onde seres humanos e lobos competiam por serem ambos predadores, só podemos adivinhar o que aconteceu.
Da domesticação e adopção dos lobos no seio do grupo humano se crê que formou uma relação simbiótica, onde o lobo recebia comida, abrigo e cuidados dos humanos, e os humanos recebiam protecção e companheirismo, que evolui para uma entreajuda na caça e mais tarde noutras actividades como pastoreio, aquando na passagem de caçadores colectores para agricultores sedentários.
O homem contribuiu efectivamente ao seleccionar os animais mais dóceis e que lhes mais agradavam esteticamente, para reproduzir e eliminando os que apresentavam características mais selvagens.
O lobo, pensa-se, ter contribuído para o homem não ter a necessidade física de desenvolver os sentidos, como o olfacto, para caçar. Também o uso do lobo, ou provavelmente neste momento poderemos designar como cão, como guarda e juntar o rebanho, terá efectivamente contribuído para a domesticação e criação de gado, além da sedentarização agrícola, que por sua vez eliminou fisicamente as nossas caracteristicas fisicas necessárias para as exigências da caça e luta.
Arqueólogos colocaram a possível domesticação mais antiga na Bélgica a 30,000 BC e a certa domesticação a 7,000 .BC
Mas julga-se que a domesticação do lobo seja mais antiga que os registos arqueólogicos até agora encontrados.
Conforme os serem humanos migravam a volta do mundo, os seus cães migravam com eles. As alterações agrícolas e urbanas levaram a novas selecções para novas especializações, como a busca e entrega de objectos, salvamento de pessoas, cães polícia, etc. Com a nova selecção houve uma nova especialização de diferentes tipos de cães que melhor se adequavam as necessidades humanas.
Os clubes de canicultura surgiram no meio do século 19, como forma de regulamentar as várias raças, que já as pessoas seleccionavam, usadas em competições.
Hoje são estes clubes de canicultura que definem o standard de uma raça de cão, que todas as pessoas reconhecem.
Os lobos, ancestrais dos cães, foram desde a Idade Média, renegados para um plano obscuro, onde a sua demonização e exterminação, levaram quase ao desaparecimento destes magníficos animais.
Oremos que o futuro tenha espaço para uma nova convivência entre o homem e o lobo.
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Monday, August 08, 2011
Evolução humana e o papel dos cães
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